O Museu de Paleontologia de Fernandópolis recebeu uma visita ilustre na semana de aniversário da cidade. Rodolfo Nogueira, de 38 anos, é um paleoartista brasileiro consagrado mundialmente. Sua arte consiste na reconstrução artística de animais extintos.
Ele começou em 1998, a partir de técnicas de ilustração variadas (grafite, guache, giz, óleo e cores digitais). Durante a visita, Nogueira foi ciceroneado pelo idealizador e coordenador do museu, Carlos Eduardo Maia de Oliveira, o “Professor Kadu”.
Em 2017, o artista ilustrou o livro O Brasil dos Dinossauros, escrito pelo paleontólogo Luiz Eduardo Anelli. As ilustrações reconstituíam não só os animais, mas também o ambiente em que viviam. Por esse trabalho, ele ganhou, em 2018, o Prêmio Jabuti na categoria “Infantil e Juvenil”, e não parou mais.
Antes disso, em 2014, Nogueira já vencera o “Olho de Boi” por desenhar os melhores selos do país, com motivos de dinossauros. Venceu três vezes o Lanzerdof, da Sociedade Brasileira de Vertebrados (2015, 2018 e 2021), com aporte da National Geographic.
Em 2021, foi o primeiro brasileiro a ter uma arte estampada na capa da revista Nature (a maior revista científica do mundo).
A obra pictórica de Rodolfo Nogueira é como mergulhar no filme Jurassic Park, magia de que só o cinema é capaz. Em segundos, o “expectador” viaja milhões de anos em direção ao passado do planeta, onde animais e plantas tinham cores e formas desconhecidas pelo homem moderno.
O professor Kadu se disse “profundamente honrado” com a visita do artista: “Provavelmente, esta é a primeira vez que Fernandópolis recebe um vencedor do Prêmio Jabuti”, comentou.
Segundo o coordenador, Rodolfo Nogueira ficou “encantado” com o museu, mesmo porque algumas das peças ali existentes ele nunca tinha visto ao vivo. “Ele nos parabenizou e garantiu que estamos no rumo certo”, disse emocionado o professor.